9 de jun. de 2011

Quando cheguei ao "extremo da depressão", meu psiquiatra em seus relatórios descrevia meu caso da seguinte forma: Cliente em Episódio Depressivo Grave, evolui sem melhora ao tratamento, apresenta sintomas de tristeza, desânimo, desesperança, humor depressivo, descontrole emocional, picos de agressividade, alterações de sono, ansiedade, isolamento social, anedonia, diminuição de pragmátismo, fadiga, ideação suicida. Risco de Suícidio!
Imaginem vocês...eu era desconhecida para mim mesma. Eu acreditava ser tão forte, minha família sempre me admirou e o meu trabalho, o meu trabalho era o que me dignificava! E derepente, tudo foi embora. Parece até que eu dormi e acordei perdendo tudo o que eu tinha, tudo o que eu era...os meus sonhos se destruíram à partir daí, tornei-me inútil! Mas não! Isso foi a conseqüência da não aceitação da minha depressão.
Apenas meu médico, minha irmã e eu sabíamos disso...eu tentei o suícidio! Agora todos irão saber. Não quero mencionar como foi ou deixou de ser. Quero apenas dizer que foi sério! Hoje quando me recordo me sinto pequena, envergonhada e choro muito. Atentar contra a própria vida é um desrespeito a Deus. O suicídio na maioria das vezes ocorre não porque a pessoa deseja a morte, mas sim por acreditar que é a única forma de libertar-se de tamanhas angústias, é a crença de libertação da dor da alma. Acho importante falar do suicídio, pois ao mesmo tempo que ele parece surreal pode acometer inesperadamente o depressivo. E talvez, a pessoa não tenha a mesma sorte que eu...
Em todas estas coisas, porém, sou vencedora! E desejo ser cada dia mais. Quero contar o máximo das minhas experiências neste blog afim compartilhar minhas experiências, me ajudar e ajudar muitos que estão na mesma situação ou até piores.

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