26 de jun. de 2011

A depressão é a vivência da angústia, da sensação de falta, da pressão de uma culpa,  da vontade de desistir de tudo inclusive da vida...é uma dor profunda que não se pode mensurar. Estes sintomas somados a mais uma série de fatores nos fazem compreender que a pessoa está com depressão.
A Depressão é intrusa. Causa incômodos e múltiplos transtornos. Ela se instala aos poucos, gradativamente e sem que seja percebida claramente torna-se uma figura predominante e forte a ponto de mandar nas rotinas da pessoa depressiva, ou seja, determina a forma como a pessoa acometida por este mal vê a vida e, conseqüentemente, o seu comportamento.
A pessoa depressiva não percebe seus valores e importância. Cada vez mais, excluir-se da própria vida e das relações interpessoais. Quando começa a superar a doença, retoma os conceitos de seus recursos fundamentais. Começa contribuir na qualidade de sua própria vida e na qualidade de vida dos outros ao seu redor e pouco a pouco percebe que faz diferença e tem a sua importância na vida das outras pessoas.
Quando mencionamos um recurso de melhora do depressivo, citamos o Amor, porque o estilo de vida de quem vive a depressão é marcado significativamente pela falta de amor. Eu diria é o abandono de si próprio e de suas capacidades de amar e ser amado. A ausência de amor constitui uma vida insípida e sem significado, por isso fala-se muito no resgate do sentido da própria existência. Se todos nós temos uma importância do porque existir, isso significa que ocupamos um lugar no mundo, na sociedade e também na vida de outras pessoas.A teoria da Inteligência Emocional nos relata que quanto mais opções de escolha e capacidade de suportar frustrações uma pessoa tem, mais ela é feliz. A pessoa com depressão se vê sem opções, sente-se absolutamente magoada pelas frustrações impingidas pela vida e por tais motivos tudo se torna infelicidade.
A depressão quando vista como um agente de transformação e de novas possibilidades constitui um conceito de intromissão, de perturbação e desequilíbrio de sua vida.
A vida é a possibilidade de nos desenvolver e evoluir enquanto seres humanos. Mas para isto existem os caminhos da dor e do amor. Se a Depressão é a profunda sensação da falta de amor significa que este é o caminho da dor para o desenvolvimento da alma enquanto ser humano.
Acredito que a depressão não é simplesmente para ser sofrida, mas vista como uma oportunidade de evolução e de revisão suas crenças e valores.
Portanto, para livrar-nos da depressão e de todas as situações insatisfatórias que a vida nos propõe é necessário querer de coração, querer com todo o seu ser, querer com todo o amor que está no seu íntimo. Acreditar que é possível, mesmo que a força lhe falte e você se sinta em um túnel escuro; busque a direção correta. Siga o seu coração, não deixe que os conceitos alheios destruam sua vida. O que importa é o seu querer, lutar com fé e a certeza de que existe uma saída.

“Ninguém é digno das grandes vitórias se não aprendeu a agradecer as dramáticas derrotas.”
A. Cury, em O Mestre dos Mestres


20 de jun. de 2011

O Preconceito e a Depressão

Todos nós devemos enfrentar e lidar com as decepções em diferentes momentos de nossas vidas. Desencorajar-se é algo profundo e em maioria das situações ocorre com a pessoas que sofrem de depressão.
Quando falamos em preconceito relacionado a depressão, podemos citar múltiplas causas polêmicas. Há pessoas que acreditam que esta doença ocorre por um mal afetivo, sentimental, desilusão amorosa etc. Sabe-se que as causas da depressão são inúmeras, mas de fato está intimamente associada ao desequilíbrio de substâncias químicas no cérebro.
O preconceito ocorre por parte da sociedade como também pode ser alvo do próprio depressivo. Na maioria das situações, esses conflitos ocorrem devido a não aceitação dos transtornos, das alterações mentais, físicas e psíquicas. Buscar ajuda torna-se muito difícil.
Para muitos, sofrer de depressão é um confronto aos seus princípios. A falta de diálogo e entendimento sobre o assunto dificulta a compreensão da doença e sugere a idéia de poder minar sentimentos, relacionamentos e até mesmo a vontade de viver. É preciso entender que uma pessoa depressiva possui suas limitações e dificuldades. Tantos conflitos conduzem à necessidade de auxílio como o tratamento e o uso de medicamentos para conviver e lidar com as mudanças e conflitos que afetam a vida depressiva. Para isso, se faz necessário encontrar um médico psiquiatra.
Atualmente na maioria dos casos, o tratamento medicamentoso associa-se a psicoterapia, atividades físicas e demais métodos que auxiliam a liberação da sensação de prazer e bem estar para o organismo. Como a depressão é uma doença multifatorial, existe a necessidade da associação de tratamentos múltiplos aos antidepressivos e demais medicamentos.
Retomando o tema inicial, quando me vi no extremo da depressão, sofri preconceito no meu convívio social, no meu trabalho, na minha família e comigo mesma. Para a minha família a depressão ainda era oculta, desconhecida e para mim...inaceitável! Como essa doença poderia invadir e dominar minha vida? Eu tão jovem, recém graduada, com tantas ambições, anseios, expectativas, uma mulher independente sobrevivendo com os resultados de meus esforços. Sempre fui exemplo para minha família.
A depressão não aceita intensificou-se, comprometendo minha mente, meu organismo...então os males físicos tornaram-se conseqüência. No meu caso, fiquei muito doente. Sentia-me fraca, deixei de me alimentar adequadamente, perdi o prazer de viver. Tornei-me uma pessoa anêmica, meus leucócitos e minhas plaquetas reduziram significantemente, comecei apresentar sangramentos nasal com gande freqüência e até hoje vou ao hematologista todos os meses. Todos esses sintomas físicos faziam com que eu me sentisse mal e somatizado a depressão, comecei a faltar com freqüência no trabalho. Perdi completamente o prazer pelas minhas atividades. Recordo que algumas pessoas comentavam sobre minhas faltas. Era como se eu fosse uma pessoa descompromissada, diversos comentários surgiram ao meu respeito. As pessoas associavam as minhas dificuldades com preguiça e má vontade. Isso me indignava; hoje não dou a miníma importância, pois foi sofrimento demais, o qual em palavras não posso descrever.
É difícil se descobrir, aceitar e realizar o tratamento. Lutei contra por muito tempo. Me sentia sem apoio para buscar ajuda. Eu queria transparecer uma mulher forte, corajosa e transbordante de felicidade. Depressão era coisa de "fracos". Tudo isto contribuiu para que eu não me cuidasse; tinha medo de fazer análise e preder a inspiração. Mas as conseqüências foram sérias. 
Certa vez, ouvi uma pessoa mencionar que eu não tinha depressão e sim falta de amor. Nem preciso dizer que tamanha deselegância não mereceu resposta. Acredito que para falarmos de algo, seja o que for, devemos ter o minímo de entendimento e sabedoria com relação ao assunto. Talvez a pessoa não o tivesse, o que dificultou, assim como para muitos, entender o meu sofrimento e o conceito de depressão.
Quanto ao amor...eu tenho de sobra! Sou uma pessoa extremamente amorosa, tenho uma família que mesmo em meio às dificuldades me ama, alguns amigos verdadeiros que se fizeram presente na pior fase, pessoas que me animam quando penso em desistir. Realizo o meu tratamento corretamente, me aceitei.  Minha psicológa é maravilhosa e o meu psiquiatra além de ético e disponível, me auxilia e me trata com muita dedicação e respeito. Tenho o privilégio do "amor incondicional" de Deus que por me amar tanto, mesmo eu tentando o suícidio, me concedeu uma oportunidade nova de recomeçar e hoje estar dividindo minhas vivências com vocês. Creio que tudo isto são diferentes formas de amor!
Minhas medicações me tornam mais confiante e forte para enfrentar meus problemas. Não sou uma pessoa sedada. Vivo um dia por vez e mesmo que eu esteja mal, triste e solitária, acredito que me tratando, o pesadelo vai passar. Luto diariamente contra a depressão e busco minha evolução e a tão sonhada felicidade. Tenho meus momentos difíceis, diria inúmeros. Há dias que me isolo no quarto, há outros que não sinto vontade de fazer nada, apenas chorar. Mas por amor a mim e aos que me amam, sigo em frente e estou certa de que vou me curar.
Você depressivo (a) não desista jamais! As adversidades serão muitas, mas elas revelarão o que existe dentro de vocês. Cada vez que Deus nos dá favor, ele demonstra seu amor por nós.
A sociedade nos propõe que ganhar é tudo e que sucesso significa viver sem derrotas, mas elas existem e juntamente com as dificuldades compõem a vida. Ser depressivo não significa estar no fim do túnel. Hoje sei que o fracasso é parte verdadeira do sucesso. Por isso vou vencer! Jamais tenha vergonha de ser quem és. Tenha humildade suficiente para assumir a depressão e se tratar, busque auxílio. Isso é se amar!
Insira em seus dias os princípios que irão mudar sua vida. É preciso resgatar a capacidade de amor próprio e de lutar contra a depressão e o preconceito pois cada qual sabe a dimensão da sua dor. O preconceito conduz as pessoas ao abismo e a eterna ignorância.



"...Mesmo que a esperança se vá, ensina-me amar.
Mesmo nos momento sem fé, ensina-me amar..."


18 de jun. de 2011

O que é Preconceito?

O tema deste blog é depressão e preconceito. Quando me preparei para escrever sobre o assunto, pensei em uma maneira de abordar algo sobre a depressão tais como suas causas, conseqüências, tratamento e os tipos de preconceitos que os depressivos encontram diariamente. Mas para iniciarmos um tema polêmico, o preconceito, vamos definir de forma rápida o seu significado.

Preconceito (prefixo pré- e conceito) é um julgamento preconcebido manifestado geralmente na forma de uma atitude de discriminação perante pessoas, lugares, tradições, sexualidades e doenças considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada "estereótipo". Então podemos dizer que o preconceito é um idéia pré-concebida que aliena tudo aquilo que “foge dos padrões” da sociedade; trata-se de uma violação dos direitos humanos.
O preconceito é desenvolvido a partir da busca por parte das pessoas preconceituosas que tentam localizar nas vítimas o que lhes “faltam” para serem semelhantes à grande maioria.   
O preconceito nada mais é do que uma discriminação que leva  à marginalização e à violência, uma vez que é baseado unicamente nas aparências.

14 de jun. de 2011

"A Ousadia nos leva a caminhos nunca imaginados, a coragem nos faz avançar e a humildade nos permite pedir ajuda quando precisamos."
Lucy Maíra Arantes


 

11 de jun. de 2011


A Psicologia, a Psicanálise e a Psiquiatria são três saberes como vimos anteriormente. O termo "psi" muitas vezes confude o tipo de profissional que nos referimos. No intuito de simplificar vou esclarecer alguns conceitos:

Psicologia: é a ciência que estuda os aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais do ser humano. Através de vários processos e técnicas a qual essa ciência envolve escolhe-se o método psicoterapêutico considerado o melhor para cada indivíduo em particular.

Psicanálise: é a teoria criada por S. Freud com a finalidade de explicar o funcionamento psíquico do homem, partindo do inconsciente. A psicanálise busca o significado do comportamento em si e a trama imaginária oculta neste comportamento. A psicanálise não é oferecida em curso universitário e sim como especialização. Profissionais que tenha nível superior podem fazer essa opção.

Psiquiatria: é uma especialidade da Medicina, pré-existente à Psicologia e a Psicanálise. O profissional dessa área necessariamente é um médico que está habilitado a cuidar de doenças e transtornos mentais. É o psiquiatra quem determina diagnósticos, condutas de tratamentos e medicamentos a serem prescritos.

10 de jun. de 2011

Psicoterapia, Psicologia e Psicanálise.

Na postagem anterior abordei um assunto polêmico, complexo e ao mesmo tempo agressivo que é o suicídio e a ideação suicida. A intenção é inferir uma realidade além da realidade aparente, produzindo uma síntese de como esta realidade se apresenta e demonstrar que o número de suicidas é considerado alto em relação a outras mortes. Hoje vou descrever a importância e a diferença entre psicoterapia e psicanálise. 
A psicoterapia e a psicanálise são tratamentos essenciais especialmente nas fases agudas das doenças mentais e demais transtornos de fundo psicopatológico.
A Psicoterapia é um método de tratamento onde usa-se os conhecimentos da psicologia e da psicopatologia na clínica psicológica, sendo também chamada de psicologia clínica. Suas técnicas auxiliam em com o lidar com as dificuldades existências e gerenciar o sofrimento humano. Nos casos de transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, sofrimentos, conflitos interpessoais etc. O psicólogo atua fundamentado em técnicos e conceitos intelectuais no auxílio do crescimento e amadurecimento pessoal, o que constrói uma intimidade do indivíduo com seu eu interior transformando conceitos, preconceitos e padrões estereotipados de funcionamento. O mais importante é que a psicoterapia consegue introduzir na pessoa a idéia de se conhecer, compreender, mudar e gerenciar seus relacionamentos interpessoais. Poderíamos dizer que é um conjunto de técnicas que educam para a vida.
O psicoterapêuta possui uma visão psíquica, orgânica, social e espiritual do ser humano, o que favorece no tratamento de doenças orgânicas de dimensão psicológica e emocional. A psicoterapia pode ser realizada em grupo, individual, em família, casal e institucional. A eficácia da psicoterapia é comprovada e muito eficiente. Devido aos novos estudos e conhecimentos da neurociência a evolução nos casos tratados tende a melhorar sempre mais, o que favorecerá a cura e o tratamento das dificuldades da mente humana.
As teorias psicológicas auxíliam nas reflexões e fazem compreender o jeito de ser de cada indivíduo, acompanhado da idéia de se conhecer melhor e até mesmo mudar o que for necessário para favorecer o bem estar, a saúde mental e os relacionamentos interpessoais.
A psicanálise é o campo clínico de investigação, teoricamente a psiquê humana independente da psicologia que se propõe à compreensão e análise do homem enquanto sujeito do inconsciente e abrange três áreas: método de investigação da mente e seu funcionamento, sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano e um método de tratamento psicoterapêutico.
A psicoterapia é uma teoria da personalidade e um procedimento de psicanálise. Assim, influenciou outras correntes de pensamento e disciplinas das diversas ciências humanas gerando uma base teórica para uma forma de compreensão da ética, da moral e da cultura humana. Importante é observar que em linguagem comum, o termo psicanálise é muitas vezes usado como sinônimo de psicoterapia ou mesmo de psicologia. Em linguagem mais própria, no entanto, psicologia refere-se à ciência que estuda o comportamento e os processos mentais e a  psicoterapia ao uso clínico do conhecimento obtido por ela ou seja, ao trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo. A  psicanálise refere-se à forma de psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud. Psicanálise é um termo mais específico sendo uma entre muitas outras formas de psicoterapia. De modo particular é o tratamento do desequilíbrio mental e uma teoria psicológica que se ocupa dos processos mentais inconscientes. Estuda as teorias da estrutura e funcionamento da mente humana e um método de análise dos motivos do comportamento. É uma doutrina filosófica e um método terapêutico de doenças de natureza psicológica supostamente sem motivação orgânica.
O Psicanalista é o profissional que aplica os princípios, técnicas e os métodos da psicanálise no tratamento ou prevenção de distúrbios psíquicos  do inconsciente, tais como: perturbações sexuais e de origem somática, estados neuróticos, determinadas psicoses de ordem funcional não provocadas por motivos orgânicos, complexos, traumas, ansiedades, fobias, transtornos de personalidade, angústia, ansiedade, depressão, compulsões etc.

9 de jun. de 2011

Ideação Suicida e Suicídio

A morte através do suicídio é um sério problema de saúde pública e mental. Na maioria dos países, o suicídio se encontra entre as dez primeiras causas de morte para indivíduos de todas as idades. 
A ideação suicida caracetiza-se por idéias fixas ou conjuntos de idéias relacionados a fatores emocionais, aliados à intensidade de depressão, desesperança moderada e grave, repercussões sociais, familiares e econômicas. É importante destacarmos que o suicídio é uma das dimensões do comportamento suicida.
Este comportamento inclui pensamentos de autodestruição, ameaças, gestos, tentativas de suicídio até o desfecho fatal que é o suicídio propriamente dito ou consumado.
O grau de intenção letal e de conhecimento do verdadeiro motivo desse ato constatam que o comportamento suicida abrange uma gama de cognições e comportamentos de intensidades variadas e fatores diversos e de complexa natureza. A presença da ideação suicida e de uma história prévia de tentativa de suicídio constituem importantes fatores de predição quando se busca avaliar o risco de suicídio, podendo caracterizar um primeiro passo para a consolidação do ato destrutivo.
O suicídio é uma palavra originada do latim sui (próprio) e caedere (matar). Caracteriza-se pelo ato intencional de matar a si mesmo. Suas causa mais comuns são transtornos mentais que incluem depressão, transtorno afetivo bipolar (TAB), esquizofrenia, abuso de drogas e alcoolismo. Em outras situações, podemos descrever dificuldades financeiras e/ou emocionais.
"Segundo estudos de autópsia psicológica, 60% dos suicídios trancorrem em indivíduos com sintomas depressivos significantes."
Componentes genéticos na etiologia do comportamento suicida parece ser considerável, mas a carga genética não é específica ao suicídio propriamente dito e nem à psicopatologia. De fato, múltiplas evidências sugerem comportamentos relacionados ao suicídio. Deve-se caracterizar os próprios fatores genéticos, como outros fatores cujo papel é importante na predisposição a este evento tão trágico.
Quando cheguei ao "extremo da depressão", meu psiquiatra em seus relatórios descrevia meu caso da seguinte forma: Cliente em Episódio Depressivo Grave, evolui sem melhora ao tratamento, apresenta sintomas de tristeza, desânimo, desesperança, humor depressivo, descontrole emocional, picos de agressividade, alterações de sono, ansiedade, isolamento social, anedonia, diminuição de pragmátismo, fadiga, ideação suicida. Risco de Suícidio!
Imaginem vocês...eu era desconhecida para mim mesma. Eu acreditava ser tão forte, minha família sempre me admirou e o meu trabalho, o meu trabalho era o que me dignificava! E derepente, tudo foi embora. Parece até que eu dormi e acordei perdendo tudo o que eu tinha, tudo o que eu era...os meus sonhos se destruíram à partir daí, tornei-me inútil! Mas não! Isso foi a conseqüência da não aceitação da minha depressão.
Apenas meu médico, minha irmã e eu sabíamos disso...eu tentei o suícidio! Agora todos irão saber. Não quero mencionar como foi ou deixou de ser. Quero apenas dizer que foi sério! Hoje quando me recordo me sinto pequena, envergonhada e choro muito. Atentar contra a própria vida é um desrespeito a Deus. O suicídio na maioria das vezes ocorre não porque a pessoa deseja a morte, mas sim por acreditar que é a única forma de libertar-se de tamanhas angústias, é a crença de libertação da dor da alma. Acho importante falar do suicídio, pois ao mesmo tempo que ele parece surreal pode acometer inesperadamente o depressivo. E talvez, a pessoa não tenha a mesma sorte que eu...
Em todas estas coisas, porém, sou vencedora! E desejo ser cada dia mais. Quero contar o máximo das minhas experiências neste blog afim compartilhar minhas experiências, me ajudar e ajudar muitos que estão na mesma situação ou até piores.

7 de jun. de 2011

A sociedade impõe seus padrões, manipulam as pessoas e querem determinar o que devemos ser, fazer e até mesmo sentir.
Se descobrir depressivo é uma vitória, mas logo vem os questionamentos e sermões de familiares, amigos e até pessoas que não temos qualquer vínculo. Ninguém se preocupa com os nossos sentimentos nem com o que se passa em nossa mente. Como se não bastasse, ainda compararam suas vidas a nossa  afim de dizer que o nosso problema é pequeno...is´to é uma infâmia!
A depressão parece um mal, uma doença infecto-contagiosa rara...pois todos se afastam da gente.
Eu sofri muito até me assumir. Lutava cada dia para não transparecer meus sentimentos. Mas chegou um momento que não foi mais possível. Hoje me pergunto: De que valeu tudo isso? De nada!
Me prejudiquei, me judiei muito e sozinha. Em outras palavras, eu deixei de me amar para pensar no que diriam ao meu respeito. Hoje  estou liberta desses pensamentos. Sou depressiva e quero me cuidar, quero encontrar a verdadeira paz interior e espiritual, o meu equílibrio. Sair desse pesadelo diário e assim libertar a minha família que tem sofrido comigo.
Não me sinto envergonhada pela depressão. Até aprendi muito com a doença, sei que nada é por acaso, aprndei ter humildade e muita paciência, aprendi principalmente lutar e vencer cada dia que Deus me concede! Coloco minha esperança em Deus e o mais ele acrescentará!
Muitas pessoas ainda me condenam, mas eu não me desespero. Lamento apenas, pois aqueles que desconhecem o que estão falando são ignorantes.
Tenho certeza que o futuro pode ser melhor. Dias desiguais aparecerão...e muitos; mas a grande estratégia está na luta e na esperança. Frustações todos nós temos, embora os depressivos em maior dimensão.
Quero dizer as pessoas que sofrem de depressão, que creiam na razão e no prazer de viver. Não se abater com pessoas contrárias que nos desanimam é essencial. Acredite em Deus, independente de religião. Para mim não foi fácil e nem está sendo uma vez que faço tratamento ainda. Mas confiar e não desistir de si mesmo é tudo o que precisamos. Há uma força dentro da gente! Mude a imagem que você tem de si mesmo para ver-se de maneiras favoráveis.
Vamos dar espaço para felicidade entrar em nossas vidas, vamos viver e ser felizes. Como diria um trecho de uma certa música: "Viver é melhor que sonhar".
A depressão aparenta ser o fim de tudo, mas pode ser o recomeço de uma nossa estrada!




"Clamam os justos, e o senhor os escuta e os livra de todas as tribulações.
Muitas são as aflições do justo, mas o senhor de todas o livra.
Senhor resgata a alma dos seus servos, e dos que nele confiam nenhum será condenado."   Sl.34

É possível prevenir a depressão?

A depressão assim como qualquer outra a doença pode ser diagnosticada precocemente se o indivíduo atentar-se rigorosamente aos sinais, sintomas e alterações no seu organismo. 
Não sabemos necessariamente como prevenir a depressão, mas podemos relacionar alguns fatores importantes que podem auxiliar para evitá-la: 

Manter uma qualidade de vida saudável. Comer equilibradamente,  fazer  exercícios diários e dormir cerca de 8 horas por dia. Comer bastante frutas e verduras, especialmente alface ( alimento  rico em Lactucina, substância que age como calmantes naturais no organismo). Beber muita água e ingerir alimentos saudáveis. Isso pode contribuir com a melhora do humor e evitar alguns males. 

Aprenda a conviver com os conflitos do dia-a-dia. Saiba gerenciar as crises que podem acontecer e não perca o equilíbrio.
Divirta-se e compartilhe momentos de prazer com amigos e familiares.. Este é um modo de não se isolar do mundo. Viva a vida intensamente. Procure ficar ao lado das pessoas que gostam de você. Compartilhe com elas seus sentimentos, desafios e expectativas. Ter uma parceria com cumplicidade é a melhor forma de ficar bem com o mundo. Evite fumar. Além de fazer mal aos pulmões, a nicotina promove mudanças de humor. Isto pode gerar ansiedade e futuramente pode levar à depressão. No caso de queixas físicas sem alterações de exames diagnósticos aborde o assunto com o seu médico.

As pessoas em situação de risco, que sofrem de ansiedade, ataques de pânico, isolamento social, tristeza intensa e recorrente tais como outros sintomas, devem  procurar auxílio profissional especializado para descartar ou diagnosticar a depressão.  A intervenção precoce impede o agravamento dos sintomas e da doença. Fique atento!

3 de jun. de 2011

Muitos imaginam que fiquei feliz com o meu afastamento do trabalho. Ao contrário! Talvez isto esteja entre minhas  maiores decepções e frustações da vida. Jamais poderia imaginar e aceitar que eu estaria incapacitada para fazer o que tanto amo. Mas enfim, foi conduta do meu psiquiatra e como tenho grande confiança e respito pelas condutas dele...apenas segui suas determinações. O transtorno é ter que ir a médico do trabalho, explicar mil vezes o que acontece (e eu muitas vezes nem eu sabia o que se passava com meus sentimentos, imagine explicá-los?). Mas o pior mesmo é a bendita perícia. Como pode um médico (perito) ser tão desumano? Um dia antes de ir ao INSS eu chorava, tinha insônia, enxaqueca, náuseas, vômitos e tudo o que vocês possam imaginar. Apesar de tamanha humilhação, eu consegui meu benefício. No ínicio foi difícil. A fase de transição, aceitação da depressão, a sensação de inutilidade, a amargura, a infelicidade, tudo somatizado a ausência de fé...imaginem? Era destrutivo e cada vez mais desanimador!
Eu sempre fui sorridente, cheia de vida...e derepente o mundo tornou-se miragem aos meus olhos. 
Nos meus primeiros dias em casa eu dormia até duas, três horas da tarde. Acordava sem vontade de ver o mundo, de ver pessoas. Até os dias de sol se tornavam uma tarde cinzenta e fria. Em palavras, não consigo definir a dimensão da minha tristeza. Trabalhar espantava meus pensamentos e a solidão. Minha família sofrendo junto. Minha mãe fazia surpresas para me animar, mas no íntimo, sei que ela estava sofrendo comigo ou talvez até mais que eu,  e assim mesmo não deixava transparecer.
Não vou dizer que hoje a situação está diferente. Às vezes me pergunto o porque estudei tanto, os esforços que eu fiz, as noites mal dormidas, tenho vergonha de ser quem eu sou, não sou capar de amar e deixar alguém me amar, que sou feia etc. Mas acredito que cedo ou tarde vou me deparar com todas estas respostas.
Atualmente faço uso de um antidepressivo recente no mercado, com ingestão diária de 225 mg ao dia. A minha ansiedade (diária) controlo com ansíoliticos, faço uso de neurolépticos e durmo aos efeitos de indutores do sono. Algumas atividades como dirigir estou proibida, espero que por curto prazo.
Não é fácil se aceitar depressivo e muito menos realizar o tratamento. Quando sinto o desejo de jogar tudo para o auto, foco meu pensamento em Deus e na minha família. Muitas pessoas se afastaram, outras acreditam que estou fingindo pelo simples fato de não trabalhar...imagina! Seria até pecado. Mas tenho amigos fiéis, queridos, que gostam de mim. Ando até mal acostumada...receber visitas, presentes, carinhos é espetacular não? Não vou citar nomes, mas essas pessoas especiais sabem quem são e sei que Deus supremo irá recompensá-los.
Como já disse: minha luta é diária. Tem dias que acordo bem, derepente fico baixo astral. Em outros acordo mal, não quero ver ninguém. Essa alteração de humor é o que me consome. Mas a psicanálise, a terapia e os medicamentos me auxiliam nestes momentos. Não pensem que os psiquiatras e psicólogos são bonzinhos, eles nos mostram a realidade e auxiliam no que preciso, isso nos faz ir avante. Mas eu tenho muito o que agradecer à eles. Em especial ao Drº Izaac pelos insetivos e pela confiança em mim depositada. Sem contar nas inúmeras vezes que eu ligo para "incomodá-lo" rs...e ele sempre com paciência e preocupação! Meu médico e meu amigo.
Depressivos, quero deixar neste blog uma idéia de recomeço. Não quero descrever minhas frustações, mas sim demonstrar o que tenho vivido diariamente. Apesar de tudo, é preciso lutar e viver... buscar ser feliz! Vale muito a pena acreditar na vida, ela é tão curta. Vale mais ainda acreditar em quem somos! Independente de religião, acredite em Deus. Faça maravilhas em sua vida. Embora muitas vezes não acreditamos...somos importantes para muitas pessoas. Reflitam isso! 



2 de jun. de 2011

E de repente me encontro depressiva novamente. Como mencionei anteriormente, meu primeiro contato com a depressão foi aos 16 anos. Atualmente luto para me recuperar desta doença a quase um ano. Na verdade, nada disso começou derepente. Eu não dormi e acordei depressiva. Há alguns meses eu sentia uma tristeza incomensurável, uma dor no corpo e na alma, uma vontade enorme de desistir de mim e da vida. Porém, eu sempre tive uma imagem de pessoa forte e feliz, então eu acreditava que ao me entregar  à depressão, eu decepcionaria a minha família, os meus amigos e meus companheiros de trabalho. Como vimos em temas ateriores, a depressão é contrária a nossa vontade. Os neurotransmissores encontram-se em desequilíbrio constante.
Há dias eu estava muito amargaruda, mas as rotinas diárias me consumiam: trabalhar em dois empregos noturno, estudar pela manhã, compromissos etc. Conseqüentemente eu dormia quatro horas por dia, não tinha vida social e meus amigos claro...se afastaram, afinal quem teria paciência com uma pessoa assim? As maioria das pessoas gostam de pessoas normais, de festas, baladas. Quando precisamos, a maioria some. Os que ficam são os amigos verdadeiros e a família.
Retomando, um dos meu empregos era minha tortura, lá eu fiz grandes e verdadeiras amizades, mas não me recordo de ter tido um dia de felicidade naquele lugar. Muita gente sem caráter. Nós trabalhavámos com o risco iminente de punições.
A minha situação piorou quando eu fui ameaçada de morte por uma usuária de drogas e acreditem, não tive apoio nenhum de chefia. Ao contrário, fui remanejada de setor como forma de punição. Eu tinha para mim, que eu deveria cumprir minhas tarefas e jamais prejudicar um cliente que dependia de mim naquela UTI. Eu amo o que faço, Deus me tornou capaz para a profissão de enfermagem, então eu não queria pedir minhas contas, mesmo porque minha família e eu passamos por muitas dificuldades e através desse esforço a nossa situação estava favorável. Quanto ao meu outro trabalho, desanimei pelo fato de ter concluído a graduação, ter participado do processo seletivo interno o qual fui aprovada e não recebi minha promoção. Era um direito meu ser promovida, mas isso não aconteceu e eu não tive direito a nenhuma explicação. Embora a situação fosse humilhante, meu trabalho sempre foi realizado da melhor maneira possível assim como desde o meu primeiro dia de admissão. Lamento pelos meus colegas, me tornei uma pessoa extremamente difícil, irritada, mal humorada e eles sempre tiveram a maior paciência. Minha mãe sempre dizia que Deus tinha o melhor para mim, mas nada acontecia. Eu até ajudei colegas a conseguirem emprego...mas eu não tive a minha oportunidade. Derepente, o desespero me fez perder a fé, deixei de acreditar em Deus, em tudo. E aí de quem tentasse me fazer pensar o oposto. Somatizando meus problemas no trabalho, familiares, problemas da vida e ausência de amizades verdadeiras, comecei a me envolver sentimentalmente com as histórias dos clientes. Eu estava em uma fase  incrédula, não entendia e nem queria entender o porque de tantos sofrimentos. Conseqüentemente foi a fase que eu me entreguei, começaram surgir os sintomas fisícos. Minha saúde ficou debilitada, eu tive uma anemia séria, comecei a faltar nos trabalhos, minha única vontade era morrer. Deixei de fazer a pós-graduação, lazer, amigos, passeios, tudo tornou-se coisas impossíveis. Em 02/03/11 tive um plantão estressante naquele hospital que eu odiava. Uma pessoa mal caráter que lá trabalha causou o maior transtorno entre os colegas e eu por motivo banal...folgas. Eu fiquei desesperada, às 04 horas da manhã liguei para minha mãe angustiada e aflita, e ela tentando me acalmar pediu que eu não abandonasse o plantão para não prejudicar os pacientes e a mim mesma. Diante de tantos problemas, pela manhã tentei falar com a gerente de enfermagem, mas não fui atendida. Eu fui tão humilhada naquele lugar. Para a chefia, eu era só mais uma, não importava o que eu fazia.
No caminho de casa, quase me envolvi em um acidente na rodovia. Cheguei chorando desesperadamente, quebrei várias coisas, gritava...comportamentos que não eram meus. Sempre fui severa em algumas atitudes,  mas eu era e sou muito amorosa e amiga. Minha família ficou em pânico. Pensaram até em chamar o Samu para ajudá-los. Até que minha irmã conseguiu falar com meu médico psiquiatra. Conforme conduta dele, fui atendida em um PS Psiquiátrico, uma clínica excelente de primeira linha. Tempo depois voltei para minha casa, e então não mais retornei ao trabalho. Hoje, faço uso de antidepressivos, neurolépticos, ansiolíticos e indutores do sono. Vou a psicanálise e a terapia toda semana. Ouço várias pessoas dizerem que a depressão não existe, que eu tenho falta de amor, que eu não quero lutar...mas nada do que me dizem eu considero. É ignorância falar daquilo que não conhecemos e amor eu tenho de sobra. Não namoro, mas tenho uma família maravilhosa e se eles não me amassem, não suportariam tudo o que estou passando. Não estou sozinha! Sei que Deus  está presente em minha vida. Minha fé renovo diariamente, pois se eu perdê-la outra vez, me suícido.
Se reconhecer depressivo é uma vitória! Eu busco conhecer tudo a respeito da minha doença, isso me deixa mais leve e eu entendo que tenho que fazer o tratamento corretamente e um dia, estarei recuperada. Agradeço a Deus, a minha família e ao meu psiquiatra, pois se hoje estou viva...foi porque eles me tiraram do abismo. 

1 de jun. de 2011

Introdução

Os temas anteriores abordaram algumas dúvidas referente a depressão. De maneira objetiva e de fácil entendimento, busquei mostrar as causas da doença, sintomas, transtornos e principalmente o risco maior que é o suícidio. Destaquei princípios fisiológicos, patológicos, mentais e sociais no desejo de conscientizar a gravidade e o aumento de casos de pessoas depressivas. Claro que estudar uma patologia, seja qual for, requer maior devoção e dedicação, mas por tratarmos do tema em um blog, acredito que maneiras claras e precisas abordam o assunto de forma mais prazerosa, o que favorece o entendimento dos leitores. Embora muitos tenham seus conceitos ou preconceitos é importante ressaltar que a medicina fundamenta-se em dados concretos para os seus estudos e é comprovado os avanços e as descobertas voltadas para a depressão, o que aumenta e fortifica as opções de melhores tratamentos, a pouco desconhecidos. A idéia de que a depressão é uma tristeza, um desafeto, uma incapacidade, uma derrota, uma frustação etc, não existe mais, ao menos do ponto de vista científico. Quem pensa desta maneira não conhece de fato o referido tema. Com a dimensão desta doença e a proporção em que acomete a sociedade, o ideal é rever algumas considerações e conceitos, pois a depressão não escolhe a quem irá acometer.
Espero ter contribuído com os leitores que possuem dúvidas e curiosidades sobre a depressão. Antes de falar sobre mim, não poderia deixar de abordar mesmo que resumidamente, alguns conceitos sobre a doença. A partir de agora postarei minhas experiências de vida, a minha realidade. Quero descrever o que tenho vivido na tentativa de melhorar meus anseios e dividir minhas limitações, assim como aprender e ajudar outras pessoas. A coragem de lutar e não desistir está dentro de nós, mas para isso é necessário fé e tratamento. Ambos são nosso alicerce. Costumo dizer que a depressão testa diariamente a nossa coragem e de fato é verdade. Essa tem sido minha luta diária onde diversos fatores estão inclusos, um deles é o preconceito. Mas acreditar que dias melhores estão por vir, revigora a nossa confiança e força para continuar.

 "Eu quero, eu posso, eu consigo!"



As Causas da Depressão

Depressão (do latim depressione) é uma palavra usada para descrever nossos sentimentos. Depressão não é um estado de tristeza profunda nem desânimo, preguiça, estresse ou mau humor. Em psiquiatria, é  uma doença que exige tratamento como qualquer outra, isso a difere de uma simples tristeza. 
Inúmeros fatores podem contribuir para que uma pessoa aparentemente "normal" torne-se depressiva e desenvolva o que é chamado de depressão clínica. Exitem pessoas que deprimem por algum motivo, outras sem motivo aparente ou conhecido, mas o importante é que, independentemente da causa ou causas da depressão clínica, ela precisa ser diagnosticada e tratada, principalmente porque suas conseqüências são graves e muitas vezes irreversível que são os casos de suícidios.



Algumas Causas da Depressão

                                                                             
Fatores Biológicos - As pessoas com depressão clínica podem ter excesso ou falta de algumas substâncias no cérebro, os chamados neurotransmissores. As mudanças nestas substâncias podem causar ou contribuir para a depressão.

Cognitivos - Pessoas pessimistas, que tem um padrão negativo de pensamento, que se preocupam excessivamente, que tem uma auto-estima baixa ou sentem que tem pouco controle sobre os acontecimentos da vida  são mais suscetíveis a depressão.

Fatores Relacionados ao Sexo - Mulheres no geral têm maior possibilidade de desenvolver uma depressão em relação aos homens. O que sugere a idéia de ligação aos fatores biológicos (hormonais) quanto os culturais que diz respeito a visão que a sociedade tem das mulheres.

Medicamentos - A auto-medicação é uma prática comum e esta inserida nas rotinas, especialmente dos brasileiros. Certos medicamentos podem causar depressão.

Monopolar - (não é um termo usado oficialmente). A depressão monopolar só possue fases depressivas.

Bipolar - A depressão bipolar caracteriza-se pelo transtorno afetivo que é a alternância de fases deprimidas com maníacas, de exaltação, euforia, alegria ou irritação.

Genética - Fatores genéticos podem ser coadjuvantes ou causadores de depressão.  Ficam visíveis em famílias onde a depressão ocorre com uma freqüência elevada e principalmente quando acomete mais de um membro.


Situacionais - Problemas financeiros, divórcio, morte de pessoas amadas, mudanças ou qualquer perda significativa, problemas da vida em geral pode contribuir para a depressão clínica.


Co-ocorrência - A depressão clínica freqüentemente ocorre junto com certas doenças como derrame, doença cardíaca, câncer, doença de Parkinson, doença de Alzheimer, diabetes, hipotireoidismo e transtornos hormonais. Este tipo de depressão deve ser tratada ao mesmo tempo que a doença física.

A depressão clínica pode co-ocorrer também em pessoas com outros transtornos mentais tais como transtornos alimentares, transtornos de ansiedade incluindo a síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e síndrome de estresse pós-traumático. No esforço para lidar com a dor emocional ocasionada pela depressão clínica algumas pessoas recorrem para a auto-medicação, abusa de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas.