30 de mai. de 2011

Contato com a Depressão

Pessoas em toda e qualquer situação da vida pode desenvolver a depressão. Embora o preconceito com as doenças mentais seja extenso, o mundo atual composto de tantas modernidades tem favorecido tais patologias. Isso explica a necessidade de diversos estudos voltados para esta área. Meu primeiro contato com a depressão foi aos 16 anos. Embora jovem, a doença se desenvolveu após a situção de luto paterno. Até então, eu nunca havia presenciado uma situação de perda tão significativa em minha vida. Minha família buscou ajuda profissional pois não sabia como lidar com as tristezas e desânimos por mim apresentados. Fiz uso de antidepressivos e psicanálise por um período médio de dois anos consecutivos. Me reconstrui; minha adolescência, meus estudos, meus relacionamentos interpessoais foram normais na medida do possível. A idéia que eu tinha de futuro sempre foi promissora. Enfrentei minhas limitações, adquiri uma visão de perspectiva e mentalidade superior as dificuldades encontradas.
Alguns associam a depressão com as situações de decepções que infelizmente todos passamos involuntariamente. Nesta fase acima descrita, aprendi que embora não percebemos, mesmo quando crianças, algumas situações ficam registradas em nossa memória, podendo causar transtornos na fase adulta. Hoje consigo associar as coisas de forma mais precisa: Meu pai era alcoólatra, sempre foi ausente da minha história e da minha família. Presenciei muitas situações de violência doméstica e mesmo assim, senti sua partida deste mundo. Quando analiso esses fatos, percebo que embora os anos tenha transcorrido, certas imagens ficam registradas na memória e nos acompanham no dia-a-dia, seja através de sonhos, pesadelos, pensamentos etc. O importante é esquecer ou tentar esquecer o que ficou para trás e continuar em direção das coisas que estão à frente, buscar tratamento.
Sempre que passamos por problemas difíceis, se não tomarmos cuidado, podemos entrar em um ciclo de angústias. Essa rotina de sofrimento terrível nos conduz a uma piora gradativa e dificulta como vencer a depressão.
Enquanto lutamos contra a depressão, o que pensamos é o que determina a qualidade do nosso dia. Decidir se vai ou não usar, naquele dia, a sua mente com pensamentos bons ou ruins. No geral, a maioria das pessoas tem este conceito. Do ponto de vista profissional, tais decisões só poderão ser possíveis com psicanálise, terapia e uso de medicamentos.
Considerando que os transtornos de estado de ânimo estão relacionados a redução na transmissão dos impulsos ou dos sinais nervosos nas áreas do cérebro que regulam o humor. As teorias atuais das causas biológicas da depressão foca na falha da neurotransmissão. Atualmente de todas as teorias propostas, as mais aceitas são as anormalidades que envolvem os neurotransmissores monoaminérgicos, especialmente norepinefrina, flucoxantina, dopamina, serotonina. Então, há fatores fisiológicos envolvidos neste processo, o que favorece a idéia de que a pessoa depressiva nem sempre possue controle de suas vontades e de seus sentimentos e humor. 
A depressão pode ser classificada como primária ou secundária. Na depressão primária não existem alterações patológicas comprovadas, enquanto na secundária é possível manifestar outras enfermidades cuja existência determina a aparição da depressão, podendo ser acompanhadas por alterações físicas ou relacionadas com outros transtornos psiquiátricos.
Buscar ajuda é essencial!

Nenhum comentário:

Postar um comentário