10 de dez. de 2011

A falta de alegria é o aspecto revelador de mágoa, aflição, melancolia...tristeza. Conviver com a depressão é difícil, é exaustivo. Os dias são desiguais, as nossas rotinas se transformam. Me questiono diariamente o porque de tanta angústia. Eu diria, que são tantos sentimentos negativos somatizados a um ego sensibilizado e afetado pela dor. Talvez um dos piores sentimentos que um ser humano possa sentir. Tento defini-lo em palavras mas não consigo. Eu desaprendi a filtrar os estímulos estressantes e a minha insegurança.
Desde o início da minha depressão, venho apresentando muitas recaídas. Mas a terapia, me ensinou que isto não significa ter perdido uma guerra, e sim uma batalha. O complicado é ter estímulo para recomeçar, acreditar em algo novo, reencontrar a felicidade. Por vezes penso que não tenho mais credibilidade. Muitos me julgam, outros me definem e há aqueles que apenas criam a mulher descompromissada. O preconceito hoje, faz parte da minha vida. Eu sou apenas uma farmacodependente que sobrevivo dia após dia. Minha personalidade está se destruindo gradativamente. A sociedade e o Estado condenam os transtornos mentais. Não quero desistir de mim, mas abrir a mente para uma nova vida se torna impossível quando não existem oportunidades.
Tento encontrar maneiras para sentir alegria, mas vivo em pleno estresse crônico, o que contrai e reduz o meu prazer em viver. Isso é aprisionar a alma!


 "A vida humana não suporta ser aprisionada" Augusto Cury





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